Um conselho que serve tanto para escolhas literárias como também para a vida:
“Não julgue um livro pela capa”
Quem nunca cometeu esse erro?
Eu julguei livros não só pela capa, mas pelo título, pelo subtítulo, pela editora, até pelo nome do autor. Tenho enorme resistência aos livros que prometem receitas fáceis para problemas complexos, 7 lições disso ou daquilo, maior dificuldade ainda para os que querem convencer de que somos todos F$#@s.
Mas o livro Talvez você deva conversar com alguém foi uma adorável surpresa.
Confesso que Iniciei essa leitura por recomendação, mas ao começar a ler não consegui parar (uma das maiores qualidades de um livro).
Personagens muito bem trabalhados. Escrita leve, fluida e nada superficial. Pude felizmente me reconhecer em muitas questões levantadas. Como escreve a autora: Somos espelhos refletindo espelhos refletindo espelhos, mostrando uns aos outros o que ainda não conseguimos ver.
Deu até saudade de fazer terapia.
Deu vontade de encontrar um terapeuta igual aos que você vai ver no livro.
Os últimos anos deveriam ter ajudado a normalizar a importância dos cuidados com a saúde mental e ainda assim as pessoas demoram demais antes de ir conversar com “alguém”.
Homens demoram ainda mais. No livro a proporção são de 3 personagens femininas para 1 masculino fazendo terapia. Não sei as estatísticas, mas acredito que esse número na vida seja ainda mais desigual.
É um trabalho e esforço emocional enorme onde existe muito tabu para homens mergulharem nessa.
Mulheres como sempre muito mais corajosas.
Recomendo a leitura e também se você estiver com dificuldades de atravessar esses tempos, não demore “Talvez você deva conversar com alguém”.
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Talvez você deva conversar com alguém é Uma jornada emocionante de autodescoberta, uma homenagem à natureza humana e um lembrete sobre a importância de sermos ouvidos, mas também de sabermos ouvir. Um livro sobre a importância dos encontros, dos afetos e da coragem de todos os que partimos para a aventura do autoconhecimento.